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                 Sei que você ficou comigo por algum tempo mas não sei se era medo ou obrigação que te prendia a mim . Eu sei que não...

Indiferença tua.

          




      Sei que você ficou comigo por algum tempo mas não sei se era medo ou obrigação que te prendia a mim .Eu sei que não  era sua obrigação de ficar do meu lado naquele momento em que tudo parecia surreal,  sei que você  não tinha e não tem obrigação de me mandar mensagens todos os dias me perguntando como eu estou sem interesses próprios subentendidos. Sei também que você  não tem obrigação nenhuma de se preocupar comigo.  
Mas é  justamente isso que eu procuro,  uma pessoa que não me largue por nada,  que mesmo nas piores situações não me julgue e sim me acolha e faça um cafuné. Meu sonho é  acordar com mensagens da pessoa que eu gosto me perguntando como estou, alguém  que realmente se preocupe comigo mesmo sem obrigação nenhuma. E não me contento com menos que isso,  porque eu tenho certeza que eu faria isso e muito mais pela pessoa que eu gosto,  essa pessoa era você, mas você  fugiu. Sua quase indiferença machucava mas nem por isso eu te deixava. Sabe eu nem conheço a vida ainda,  não  sei os propósitos, minhas metas, não sei quem está  errado quem está  certo na verdade não  ligo  pra isso. Apesar de tudo que dói,  eu não quero ficar presa a isso. Essa mensagem era pra estar na sua janela do Whatsapp porém mesmo acostumada com esse tipo de atitudes, ainda  sou covarde o bastante pra ouvir tua resposta. 


texto fictício... ou não.
 Paula Y.

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Quando eu era pequena, eu corria com os pés no chão, meus cabelos dançavam com as brisas, ele encolhia, esticava, não tinha nome pra ...

Cabelo Selvagem.



Quando eu era pequena, eu corria com os pés no chão,
meus cabelos dançavam com as brisas,
ele encolhia, esticava,
não tinha nome pra ele,
 ele era indomável, criatura selvagem!
 como quem o exibia.

mas a partir do momento que conheci o mundo tudo mudou,
meu cabelo tinha nome, tinha categoria.
eu não podia deixa-lo solto porque era cheio
sua textura era agressiva, intimidava quem olhava,
por isso comecei a passar chapinha,
domando a fera, sendo aceitável na sociedade.

durante anos o espelho refletia alguém,
nesse alguém eu não me via,
estava completamente domesticada,
entrei no padrão que o mundo exigia,
Alisava, escovava, esquentava, cortava e recomeçava

Um dia me olhei no espelho não vi só uma estranha,
vi uma fagulha que no canto do olhar brilhava,
eram as minhas raizes , que gritavam quando eu suava,
que me chamava quando eu me perdia mais.

certo dia disse: chega!
parei de me mudar, não quero ser mais uma entre outras iguais
parei com tudo,
e logo o que se perdeu voltou pra mim,
Não foi fácil, porem valeu apena
a transição de uma estranha pra quem eu realmente era.

hoje olho no espelho e me vejo,
em cada voltinha imperfeita do meu cabelo
mas não é só eu que está ali,
são os meus ancestrais,
todos que deram o sangue para que hoje eu possa ser quem eu sou.


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Era uma menina normal, na verdade um pouco sem sal, um tanto quanto acanhada, não falava por nada. Era uma menina muit...

A menina de atadura.






Era uma menina normal,
na verdade um pouco sem sal,
um tanto quanto acanhada,
não falava por nada.

Era uma menina muito calma,
Não elevava a voz,
tinha a nitidez das águas no olhar,
parecia um espantalho,  sem vida,
aguentava os os urubus violando sua privacidade,
nem parecia se importar.

Era uma menina bem perdida, 
nunca estava protegida,
porém nada parecia machuca-la,
 tão vulnerável, tão coitada, 
era fácil atingi-la com aquelas ataduras ridículas ,
era tão frustante quando ignorava, 
só seguia seu caminho, nem olhava.

Parecia uma menina normal,
Mas não era nem um pouco sem sal,
Um tanto conservada, verdade,
Não precisava falar pra se impor a nada,
Não era sozinha, só alto-suficiente,
Não implorava, se que ir vai!

Parecia uma menina tao calma,
Era um forte conturbado oceano sua alma,
Não precisava elevar a voz, 
Já ordenava com um simples olhar,
Ao contrário do que  os outros pensavam, ela sentia sim!
sentia demais! 

Era uma menina decidida, 
Vivia protegida,
Apesar de se machucar, mas nada aparentava 
Se prendia com ataduras, 
Pra não os machucar dez vezes pior,
E a assim, guardando só para si, 
Seguia seu caminho domando seu furioso oceano,
Para que ninguém se afogar alem dela mesma. 

Paula Y.

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